domingo, 29 de janeiro de 2012

TRECHO

- É uma cidade igual a um sonho: tudo o que pode ser imaginado por ser sonhado, mas mesmo o mais inesperado dos sonhos é um quebra-cabeça que esconde um desejo, ou então o seu oposto, um medo. As cidades, como os sonhos, são construídas por desejos e medos, ainda que o fio condutor de seu discurso seja secreto, que as suas regras sejam absurdas, as suas perspectivas enganosas, e que todas as coisas escondam outra coisa.

- Eu não tenho desejos nem medos - declarou o Khan - e meus sonhos são compostos pela mente ou pelo acaso.


- As cidades também acreditam ser obra da mente ou do acaso, mas nem um nem outro bastam para sustentar as suas muralhas. De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas.


- Ou as perguntas que nos colocamos para nos obrigar a responder, como Tebas na boca da Esfinge.

CALVINO. Ítalo. As cidades Invisíveis. Tradução de Diogo Mainardi. São Paulo: Cia das Letras, 1990. p.44.

Quebec City

How can I forget Quebec? 


Snow in the streets, -20° Celsius, delicious poutine and good music. I can remember each moment - The Tribune Café, dirty english with french accent, the proud of be a quebecois. Tim Hortons in each corner, and the canadian landscape always white.
Frozen rivers, maple syrup and dreams... I may have it all in my moleskine, all the notes I took, every line I've written since the amazing time I spent there.

 Listening Un Canadien Errant or another french-canadian song during the winter carnival.



Months later I can remember all those moments as poetry. Lirism, a sweet and hot "double double" coffee.
My goal: write about each city I've been, trying to 'take out of my memory' details, moments and tastes. This is the right place to write it, as a record, a time machine with the power to bring all those scenes again.

Going back to Toronto, after an amazing road trip, I remember a friend saying: Goodbye Quebec, I'll never see you again. I asked: Why? We are too young. We are not going to die tomorrow!

She just said: But even if I return to this amazing city, I'll never be the same person. She was right. In fact, we are changing, evoluting. Tomorrow we'll never be the same as today - our lives change, our vision change.




sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O CENTRO (DOWNTOWN)

De todos os lugares, o centro. 

Gosto das ruas, da decadência, dos traçados, das tardes chuvosas de verão. A conversa fácil nos bancos, ares de interior nos finais de semana, chorinho na sexta-feira. Aulas no passado, sonhos profissionais.

Cinemas que viraram igrejas, inferninhos, pregadores. Os mendigos, os cheiradores, os ambulantes, o trânsito caótico, os carros de som, as buzinas, o Cine Ouro, os hippies, as agências bancárias, o Eixo, a art déco, o jazz, os sebos, as tardes de estudo, os bares sujos, o mercado central, a violência. Os panfletos, os compradores de ouro, os mágicos.

O centro é uma profusão sinestésica, um lugar único, convergente - barulhento como tem de ser, naturalmente desordenado. Ali as pessoas se cruzam, se esbarram, são roubadas, ficam bêbadas, dão gargalhadas, compram revistas, almoçam, consomem, trabalham.

No final das contas, o Centro somos nós... e nós, o Centro.













segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Desocupação do Pinheirinho

Abuso de poder e massacre no Pinheirinho - a história se repete mais uma vez. Já tivemos problemas semelhantes em Goiânia quando os moradores do Parque Oeste Industrial foram obrigados a deixar suas casas. Lendo todas as notícias sobre o caso atual em São José dos Campos eu me pergunto qual será o destino das famílias que ali estão?

A polícia chegou com helicópteros, balas de borracha e violência, cenário típico de uma guerra. O que me consola é que atualmente existem jornalistas e pessoas comprometidas com as causas sociais - muitas dessas pessoas estão lá,
in loco, possibilitando que nós não continuemos reféns da "grande mídia".

O ocorrido no Pinheirinho só reitera questões que já conhecemos muito bem: injustiça, desigualdade social, abuso de poder e ruptura em relação aos Direitos Humanos. Lamentável.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Entrevista: "Governo deve ser facilitador"


Convidada pelo IV Congresso Brasileiro de Jornalismo Ambiental, realizado em novembro, no Rio de Janeiro, para falar sobre as redes sociais no contexto político, Rizzo Miranda, diretora executiva da agência FSB Comunicações, especializada em imagem e reputação das organizações, relatou a importância das ferramentas digitais e a forma como ele deve ser utilizada por instituições, governo e agentes políticos.
Seu exemplo de atuação foi o uso das redes pelo governo do Rio de Janeiro no contexto da ocupação do Complexo do Alemão no final do ano passado.  A criação de hashtags como “#paznoRIO” foram amplamente divulgadas e chegaram a milhões de mensagens no twitter criando uma mobilização nacional. Além disso, o governo passou a realizar diariamente conferências nas redes sociais para esclarecimentos à população. Pelo projeto, a agência ganhou este ano o Prêmio Leão de Prata no Festival Internacional de Criatividade de Cannes, na categoria "Melhor Uso de Mídia Social".

Ao jornalista Péricles Carvalho, a profissional de Comunicação ressalta que muitos políticos realizam trabalhos nas redes sociais sem nenhum aspecto profissional, o que é negativo. “É preciso dialogar, gerar confiança e mostrar resultados”, disse ela.
The Metropolitan Museum of Art - NYC, 2011.

sábado, 14 de janeiro de 2012

#MOVIE


The Idles of March
; in portuguese "Tudo pelo Poder". Most of my friends, journalists working directly with politicians, have seen the movie. Their comments, like mine, are related to the dangerous of power and politics, and how dirty and complex this environment can be in Brazil, United States and all around the world.


Directed and written by George Clooney, with Ryan Gosling (he is one of my favorite actors since Blue Valentine), this is a provocative movie without an ideological background - in Clooney's story, both sides are equal dirty. 



If you didn't watch it, you must do.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Instead of the 'numbers'

Instead of GDP positive news and our new position as 6th largest economy in the world, Brazil still is a country of huge social inequality. We have to look inside and face those issues and stop parroting to the world ''how great is our economy nowadays''. I think this celebration environment is creating a huge problem in our country, and we may have difficulties to build a more equal society in the next years.

"Growth for the sake of growth is the ideology of the cancer cell". We have to think about it while we are "growing".

With who are the benefits of the growth?