- Eu não tenho desejos nem medos - declarou o Khan - e meus sonhos são compostos pela mente ou pelo acaso.
- As cidades também acreditam ser obra da mente ou do acaso, mas nem um nem outro bastam para sustentar as suas muralhas. De uma cidade, não aproveitamos as suas sete ou setenta e sete maravilhas, mas a resposta que dá às nossas perguntas.
- Ou as perguntas que nos colocamos para nos obrigar a responder, como Tebas na boca da Esfinge.
CALVINO. Ítalo. As
cidades Invisíveis. Tradução de Diogo Mainardi. São Paulo: Cia das
Letras, 1990. p.44.