sexta-feira, 11 de setembro de 2009

O 11 de Setembro


Como você acompanhou o ataque às torres gêmeas do WTC em 2001? Onde você estava? Quantos anos tinha? Como compreendeu aquelas cenas?


Estas são indagações interessantes para o 11 de setembro de 2009. Passados exatos oito anos do maior atentado terrorista da história, podemos olhar para trás e nos perguntarmos: o mundo mudou após os acontecimentos? Apesar de ser uma pergunta um tanto quanto óbvia, é importante para nos leva a refletir acerca das rupturas na história e também das conseqüências de acontecimentos tão significativos, como foi o 11 de setembro.

Eu acompanhei os ataques pela internet, pela TV e pelos jornais. A escalada do Jornal Nacional daquele dia é inesquecível, e o mundo se voltou para Nova York em um filme real que imitava Hollywood. O intrigante é a ironia por trás dos ataques, afinal de contas, um grupo extremista havia demolido o principal símbolo do poder americano com dois aviões lotados de pessoas.

Oito anos depois, podemos dizer que os desdobramentos dos atentados foram dramáticos. A invasão do Afeganistão e a guerra do Iraque são grandes catástrofes sem uma visível solução. Recentemente, o Afeganistão falhou ao tentar realizar eleições por contra própria - ainda não sabe quem será o novo presidente do país. Já no Iraque, a situação é bem pior... Enquanto Obama promete retirar gradualmente as tropas do país, atentados são rotina e não existe uma administração capaz de organizar o país. E é ai que os atentados ao WTC e ao Pentágono parecem pequenos.

Tive um trabalho interessante nesta semana: produzir uma entrevista com o correspondente da Folha de São Paulo que foi responsável pela cobertura do 11 de setembro. O jornalista Sérgio Dávila (autor do livro "Nova York antes e depois dos atentados") foi o entrevistado do Jornal das Seis de hoje. Inicialmente pensei: o que perguntar? Parece que todos estão cansados de saber o quão significativo foram os atentados e quais foram (e ainda são) as conseqüências do ocorrido. Revi imagens, assisti as cenas, li reportagens da época - tentei me cercar de informações.

Na noite de ontem, eu pensei bastante e coloquei as perguntas no papel. Como o país relembra os ataques, projeções para a guerra do Iraque, política de combate ao terrorismo do governo Obama, entre outras questões estavam na pauta... Mas foi então que resolvi colocar como última pergunta uma indagação que sempre me fiz em relação à documentação de momentos ditos "históricos". E então indaguei: como é, para um correspondente, viver algo tão marcante e histórico, e ao mesmo tempo inexplicável a princípio, como foi o 11 de setembro de 2001?

Enquanto estudante de jornalismo confesso que esta era a pergunta que eu mais esperava para ter a resposta. Uma breve pausa, e Sérgio, lá de Washington D.C., revelou que primeiro veio o susto e depois a responsabilidade e humildade para reportar um evento histórico. Sem dúvidas o 11 de setembro marcou a vida de muitos jovens da minha geração que desejavam, ou ao menos tinham aspirações, de se tornarem jornalistas. Os atentados daquela manhã definiram o início do século XXI, como ressalta Sérgio Dávila e me mostrou que a história é uma peça de teatro que se descortina diante dos nossos olhos.

No início do ano, eu acompanhei outro momento histórico, ao som de City of Blinding Lights. Era Obama tomando posse e deixando no ar a esperança de que o futuro poderia ser mudado. Na entrevista com o correspondente da Folha, pude perceber que a postura do novo governo dos EUA parece muito diferente da anterior – como Dávila diz: foi uma guinada de 180° em relação ao governo Bush.

Hoje, oito anos após os ataques, eu olho para o ocorrido e penso: será que um dia o mundo vai realmente conhecer a paz? Ainda que seja utopia, talvez a partir de algumas mudanças de postura de governantes e pessoas, possamos ver uma quantidade menor de bombas explodirem sobre as cabeças de humanos, como nós. E mesmo sem as duas torres imponentes, Nova York ainda é a cidade de luzes que ofuscam, ao menos para mim.

5 comentários:

  1. Um dia inesquecível mesmo. Não só porque eu havia perdido os meus desenhos favoritos... tb foi tema de redação durante boa parte do ano etc e tal.

    Eu penso que cada um colhe o que planta... uma hora os Estados Unidos teria a sua vez. Pena que quem pagou não tinha muito a ver com mortes do outro lado do mundo. E até hoje o Obama ainda promete vingança. Imagina se todos os países prejudicados de alguma forma pelos Estados Unidos resolvessem se vingar também? medo.com

    Ah, também lembrem-se do primeiro 11 de setembro sanguinário: a derrubada de Salvador Allende no Chile pelo general Augusto Pinochet. by aula de Jornalismo Internacional com o Juarez Maia. (onde os EUA tiveram mergulados até a ponta do dedão)

    Sem mais julgamentos, bye!

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  2. Ai, eu sempre lembro que nesse dia fiquei muito chateada de chegar em casa e não ver os desenhos passando. E agora me lembro do susto que o Carlos Nascimento levou quando um segundo avião atingiu a outra torre.

    P.S: Pois é. Resolvi tirar o blog do limbo. Agora só faltam idéias pra postar.

    Bjos!

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  3. quero pontuar algumas coisas:
    1°"ao som de City of Blinding Lights" - seeeempre a sua cara!kkkkk
    2° to mt orgulhosa de vc com a entrevista
    3° eu te dei um super abraço [kkkk]
    4° no dia 11/09/01 eu estava sozinha em casa e fiquei desesperada achando que o mundo tava acabando

    beeeijo

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  4. amigo você escreve muito bem orgulhoso de você haha
    lembro perfeitamente deste dia e esta semana pude relembrar um pouco atraves de documentarios do History Channel a importancia pra humanidade deste fatidico dia.

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  5. City of blinding lights é uma das minhas canções favoritas de todos os tempos. Aquela introdução é perfeita!

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