Eis que lendo Nabokov (o mesmo que escreveu Lolita), me deparei com a beleza de um texto muito interessante. Trata-se do início do romance "Transparent Things", que me deixou intrigado justamente por tratar de um assunto que eu considero interessantíssimo: o tempo!
"Talvez se o futuro estivesse, concretamente e individualmente, como algo que pode ser dicernido por um melhor intelecto, o passado não seria tão sedutor: suas demandas seriam contrabalançadas por aquelas do futuro.
As pessoas poderiam permanecer bem no meio - entre os dois lados da gangorra - quando considerassem este ou aquele desejo. Seria interessante.
Mas o futuro não possui essa tal realidade (como a descrição do passado e a percepção do presente possuem); o futuro é, não obstante, a imaginação de um discurso, um espectro de pensamento."
"Talvez se o futuro estivesse, concretamente e individualmente, como algo que pode ser dicernido por um melhor intelecto, o passado não seria tão sedutor: suas demandas seriam contrabalançadas por aquelas do futuro.
As pessoas poderiam permanecer bem no meio - entre os dois lados da gangorra - quando considerassem este ou aquele desejo. Seria interessante.
Mas o futuro não possui essa tal realidade (como a descrição do passado e a percepção do presente possuem); o futuro é, não obstante, a imaginação de um discurso, um espectro de pensamento."
NABOKOV, Vladimir - Transparent Things (tradução livre)
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