terça-feira, 6 de julho de 2010

Amores platônicos ao som de Oasis

Ela 'sempre' andava com fones de ouvido, e parecia 'sempre' atarefada o bastante para apressar o passo e sair correndo pra casa assim que batia o sino da escola. Eu devia ter uns 12, e ela uns 17. Enquanto eu saia do curso de inglês, ela chegava pra ter aulas em um nível muito acima do meu. Eram tempos de Britney Spears e Backstreet Boys, mas ela não parecia curtir as músicas que toda garota curtia. Ela lia livros densos, do tipo clássicos da literatura.

Um dia ela chegou mais cedo no Inglês. Período de jogos no colégio e muitas atividades extras. Sentei-me no sofá e começamos a conversar. Perguntei, acanhado, o que ela gostava de escutar[Não contei, mas ela tinha um disckman na bolsa]. Ela era fã de Oasis, e não poderia ser diferente.

(...)

Foi então que eu escutei a música que seria sempre responsável por trazer a tona os amores platônicos da minha pré-adolescência.

Não demorou muito e ela se mudou da pacata cidade. Não a vejo há muito tempo, mas pelo menos ainda posso escutar "Don't look back in anger".




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