segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

When I met Sarah Palin...


by Péricles Carvalho
Maio de 2011, Philadelphia.


Dois jovens universitários planejaram uma viagem pelos Estados Unidos, uma mestranda finlandesa e um graduando brasileiro. Em um dos muitos memoriais à história dos Estados Unidos espalhados pelas cidades fundadoras do país, eis que um aglomerado de repórteres e helicópteros sobrevoam uma praça inteira.

Aguçado pela curiosidade, corro e pergunto para um dos repórteres o que, de fato, está acontecendo? A resposta ácida foi: tem algo haver com Sarah Palin, ela está nos arredores. Na ocasião, a ex-governadora do Alasca e
show woman republicana estava percorrendo a "América" com seu ônibus, refazendo os passos daqueles que fizeram da "democracia" um valor iminente aos Estados Unidos. Mas se eu fosse me ater à liberdade e à falta da mesma no país do Tio Sam, com certeza teria que escrever outro texto, maior, com fotos perdidas de D.C que comprovariam a minha tese.
by Péricles Carvalho
O objetivo de Sarah Palin na época não era verdadeiramente sabido - alguns acreditavam que ela desejava concorrer à presidência, e por isso estava em cruzada pelo país, para outros ela queria apenas publicidade para suas palestras de auto-ajuda cristã. Ainda que não se saiba o motivo, os jornalistas ali estavam raivosos, até mesmo os técnicos da Fox. "Ela não diz aonde estará! Ela nos faz de bobo, quer nos pegar de surpresa", me diziam. 

Na ocasião, tanto eu quanto minha amiga fomos entrevistados por um radialista: O que você pensa a respeito de Ms. Palin, indagou ele. Eu respondi sem delongas:
"Sarah Palin is the kind of idiot that makes every moment like a circus and she says nothing but shit". Talvez no calor do momento eu tenha sido um tanto quanto radical - provavelmente devido à "liberdade americana", meu depoimento tenha sido cortado, afinal de contas, idiot seguido de shit? Como pode?
by Péricles Carvalho

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Mas apesar dos olhares atentos na frente do museu, eis que ela surgiu pelos fundos, e fez com que todos corrêssemos em disparado, tudo para ver a mulher que, de certa forma, protagonizou os momentos mais hilários da política americana nos últimos anos. Alguém se lembra do fato do batom? 

Ela conseguiu ser uma embaixadora mor do Tea Party e mostrar que suas ideias malucas e teses infundadas possuem seguidores fiéis, capazes de irem em várias de suas palestras ao redor do país. Sarah Palin estava em cruzada pela fé, pelo resgate da América e seus valores maiores.


É claro que ali, em um dos muitos museus, ela deu uma coletiva de imprensa terrível - com direito a equívocos a respeito de um tal mensageiro britânico no contexto da Independência se não me falha a memória. Trata-se de um erro de quem dormiu durante aquela aula de história geral no ensino médio...


Dali, Sarah Palin me seguiria por Baltimore, Boston e New York. Má sorte? Talvez. Mas ao menos rendeu essa história, o dia em que conheci a dama republicana. 
Mas por que eu estou contando tudo isso?
by Péricles Carvalho
O fato é que a HBO liberou um trailer do filme Game Change baseado no livro de mesmo nome dos jornalistas John Heilemann (New York Magazine) e Mark Halperin (Time) sobre as eleições de 2008 nos Estados Unidos. Ao contrário do livro (que eu ainda não li), o filme focará especificamente na estratégia de campanha republicana, com foco em John McCain e especialmente em Sarah Palin, o "apelo maior" daqueles líderes.
Abaixo o trailer:


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