sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

O CENTRO (DOWNTOWN)

De todos os lugares, o centro. 

Gosto das ruas, da decadência, dos traçados, das tardes chuvosas de verão. A conversa fácil nos bancos, ares de interior nos finais de semana, chorinho na sexta-feira. Aulas no passado, sonhos profissionais.

Cinemas que viraram igrejas, inferninhos, pregadores. Os mendigos, os cheiradores, os ambulantes, o trânsito caótico, os carros de som, as buzinas, o Cine Ouro, os hippies, as agências bancárias, o Eixo, a art déco, o jazz, os sebos, as tardes de estudo, os bares sujos, o mercado central, a violência. Os panfletos, os compradores de ouro, os mágicos.

O centro é uma profusão sinestésica, um lugar único, convergente - barulhento como tem de ser, naturalmente desordenado. Ali as pessoas se cruzam, se esbarram, são roubadas, ficam bêbadas, dão gargalhadas, compram revistas, almoçam, consomem, trabalham.

No final das contas, o Centro somos nós... e nós, o Centro.













3 comentários:

  1. Adorei o blog, e mais ainda este post em especial, pois ja vivi tanta coisa no centro e tive uma viajem por minhas enumeras lembranças centrais lendo ele, rsrs

    ResponderExcluir