Round my hometown
Memories are fresh
Round my hometown
Ooh the people I've met
Memories are fresh
Round my hometown
Ooh the people I've met
Não, ela realmente não existia ali... O céu era muito mais belo sem sua presença imponente – ferragens de uma modernidade que não pede licença, que parece brincar com nossos olhos e nos mostrar que tudo passa...
Isso acontece quando voltamos a um lugar significativo pra nós. Parece que, de alguma maneira, congelamos aquela paisagem em nossa imaginação. Não queremos que se perca, ainda que não estejamos mais lá. É o sentimento de pertencimento diante de um lugar que não é mais nosso habitat. Isso pode se tornar doloroso quando o passado parece atormentar e o presente atesta que uma casa não é necessariamente um lar.
Mas nuvens vistas dali eram poéticas, eram livres. O céu rubro de uma pequena cidade que agora existe apenas no imaginário. Diante das imagens gravadas na memória, o que vejo agora são desconhecidos - fragmentos de um passado, modernidades de um semáforo.
Uma imagem modificada de um lugar que ficará pra sempre na memória. O velho sentimento de que mudamos, crescemos, buscamos e adquirimos novas prioridades. Lembro-me de uma frase que diz: "Você já pensou que essa cidade pode ser pequena demais pra você, e que talvez seus sonhos sejam grandes demais pra essa cidade?”.
Mas agora fios se cruzam em meio àquele céu e antenas são erguidas, aquele já não é mais o lugar que ficará pra sempre na minha memória. Andando pelos mesmos caminhos, revisitando alegrias e tristezas - eu não reconheco o lugar que um dia chamei de casa. Ah, este passeio nostálgico, de saudades que eu gosto... Sonhos, sons, amores, cheiro, livros - era tudo tão característico!
Mesmo que doa, é necessário olhar para a janela, ainda que a visão não seja como antes. Como me disse um velho sábio (o homem que calculava) nos corredores do colégio que só existe na memória: "não é bom dizer que o passado foi melhor do que o presente, ainda que os anos passados deixem essa sensação". Talvez seja apenas um sinal de que tudo muda sempre, até mesmo eu!
I've been walking
In the same way as I did
Missing out
The cracks in the pavement
And tutting my heel
And strutting my feet
"Is there anything
I can do for you dear?
Is there anyone I can call?"
"No and thank you, please Madam
I ain't lost, just wandering"
In the same way as I did
Missing out
The cracks in the pavement
And tutting my heel
And strutting my feet
"Is there anything
I can do for you dear?
Is there anyone I can call?"
"No and thank you, please Madam
I ain't lost, just wandering"
Essa seria a vista da sua janela em Mineiros?
ResponderExcluirUm dia quero conhecer a cidade, dica.
p.s.: tb li "O homem que calculava" no colégio! Ótimo! xD
Malba tahan é realmente um excelente escritor.
ResponderExcluirmas mineiros é o 'ideal' apenas no pensamento... hehe
Tudo bem que eu nunca mudei, mas também tem lugares que eu sinto que são pequenos pra mim.
ResponderExcluirNão é puxação de saco, mas vc arrasou no texto hahaha
eu adorei!