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quarta-feira, 30 de dezembro de 2009
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segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
Do they really care about us?!
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
O que o NATAL significa para mim?
sábado, 19 de dezembro de 2009
Férias!
(...)
Se me perguntarem - agora que entrei de férias - como foi o ano, eu posso, sem dúvidas dizer que foi um dos melhores que já tive. E um ano bom nem sempre é sinônimo de vida mansa, folga e coisas do tipo. Foi um ano de viagens e muito trabalho.
Como me esquecer que vi os primeiros raios do sol no dia 14 de maio (meu aniversário) em Ipanema, no Rio de Janeiro - e ali escrevi o post "Carta de maio". Ou então, que visitei o pelourinho e todas as belezas de Salvador. Sem me esquecer, é claro, do trabalho no Perro Loco - massa(!) e da Rádio Universitária, com todas as suas histórias (boas e ruins também). Mas este ainda não é meu post de encerramento do ano. Ainda faltam alguns dias, e agora é hora de realizar algumas leituras, ver alguns DVDs e ouvir muita música.
É neste livro das coisas que não posso deixar para trás que eu registro algumas alegrias, tristezas, sonhos e visões. O futuro se descortina diante de nós "que somos jovens", e só nos resta correr atrás!
MAS, montando os programas de final de ano, tenho o do dia 31 de dezembro como especial. Foi tão rápido que nem tive muito tempo para uma concepção mais elaborada a respeito de quais músicas iria colocar no ar nesta data. Por isso mesmo, acabei buscando músicas que tem haver comigo, e que de certa maneira refletem o meu ano.
Eis a lista:
1 - No one's better sake - Little Joy
2 - I'm yours - Jason Mraz
3 - O mar - Vanguart
4 - Dear Prudence - Beatles
5 - O tempo - Móveis Coloniais de Acajú
6 - Tente outra vez - Raul Seixas
7 - I'll go crazy if I don't go crazy tonight - U2
(o programa vai ao ar dia 31 de dezembro às SEIS da tarde, na Rádio Universitária. Ouça pela internet no site www.radio.ufg.br!)
Previsível, não?! Não sei se essas canções resumem todo o meu ano de 2009 - mas boa parte dele foi embalado, se não por essas canções, ao menos pelos artistas em questão. Agora eu só consigo pensar em férias, em AVATAR (em breve quero comentar a respeito aqui no blog), e na comida de casa...
Agora, livre das "amarras" burocráticas, tenho certeza de que me dedicarei mais ao blog.
sábado, 5 de dezembro de 2009
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
The Last One?
Nestes dias, em que não consigo escrever algo denso em frente a uma tela em branco - dias cinzas e nenhum pouco criativos, dias de poucos comentários em que o livro das Coisas que não podemos deixar para trás parece não conseguir apreender os ensinamentos cotidianos. Eis a dificultade de olhar para frente, talvez porque só saiba colher estilhaços do passado ou até mesmo porque tenha recebido águas niilistas o bastante para torná-lo cético.
A medida em que 2009 aproxima-se do fim, All that you can't leave behind se torna uma palavra de ordem, ainda que os textos fiquem presos na mente e no papel - sim, no obsoleto papel. Guardando meus temores e minhas incertezas, chego ao final do ano com dúvidas palpáveis e respostas cada vez mais abstratas. Se tenho amigos? Não sei. Se tenho certezas? Algumas. Se sou feliz? Acredito que sim, como todo mundo.
Erros, como permiti-los quando se cobra tanto e oferece tão pouco? Como controlar impulsos? Se alguém que (ainda) lê meus registros esquizofrênicos e bizarros puder me responder, por favor, o faça. Às vezes perco a juventude que parece escorrer para o ralo do banheiro. Às vezes é necessário subir no alto da montanha, ainda que seja de elevador, para ver o que me cerca em outra perspectiva - e tudo isso ao som das velhas músicas de antes. Se me considero triste? Não, apenas um pouco "reflexivo".
As luzes do Natal já estão lá, e daqui a pouco toda a correria não vai passar de uma agenda velha cheia de informações. Enquanto permaneço no campo de batalha, vejo tantos mortos, outros feridos. É como em Stalingrado - a mais fascinante batalha de todas, ao meu ver. Talvez dure mais tempo do que eu imagine, mas é certo que as forças do 'mal' não poderão vencer. E de fato é naquela cidade, em meio ao vento gélido que sopra da Sibéria... são naquelas ruas cheias de sangue inocente que tudo vai entrar nos eixos, ou ao menos começar a se resolver. O mundo é mal porque as pessoas são más e eu nunca me iludi em relação a isso. Mas há esperança para o ferido, não se pode perdê-la de vista!
O fato é que mesmo em meio ao barulho de explosões e ofensivas, preciso me silenciar para não perder a razão. Não sei se este exercício incluirá também este livro de memórias online que já parece esquecido no tempo. Talvez eu volte a escrever quando puder aquecer o combustível congelado e conseguir avançar alguns metros em direção aos meus objetivos mais secretos.
Talvez eu não confie nem nos aliados, não por temer suas ações, mas sim, suas indagações. Talvez eu precise mudar algumas das rotas e reiventar um plano de batalha. Mas tudo isso parece tão difícil que, por ora, me apego ao silêncio. Quem sabe eu não volte com boas notícias?
Em manter nossa vida em movimento,
E pelo menos uma vez pudéssemos não fazer nada
Talvez um enorme silêncio
Pudesse interromper a tristeza
De nunca entender a nós mesmos
E de nos ameaçarmos com a morte"
("Ficando em Silêncio", Pablo Neruda)
Sigur Rós - Hoppípolla from Sigur Rós on Vimeo.
mas noutro de repente ele já torna a ser demais de grande, outra vez.
A gente deve de esperar o terceiro pensamento.
(...)
O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim:esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
(Guimarães Rosa)
domingo, 15 de novembro de 2009
Cidades Invisíveis
Uma cidade no deserto
Entre dois rios
Entre duas perspectivas
Do outro lado, como a enxergam?
Passado presente futuro
Nas pegadas do peregrino
Que cruza vales e montanhas
Burlando placas e sinais, se perdendo ou se encontrando
De olhos fechados pode-se percorrer as fronteiras
Perscrutar
Alterar o passado
É assim em cidades espelhadas
Que tem o poder de refletir o pouco que nos pertence
Em meio ao muito que não tivemos e não tereremos
["Ao chegar a uma nova cidade,o viajante reencontra um passado que não lembrava existir: a surpresa daquilo que você deixou de ser ou deixou de possuir revela-se nos lugares estranhos, não nos conhecidos." CALVINO, Ítalo]
II
Os caminhos são muitos
Cidades geradoras de vida
Cidades mulheres
Interligadas, simbólicas, delgadas
Existências agregadas
Entre concreto e pavimento
Cidades que se multiplicam
Que respondem indagações dos que peregrinam
Cidades divididas entre o itinerante e o fixo
Construídas entre abismos
Com sons próprios, ruídos...
No passado era uma, mas no presente tornou-se outra
Nunca a mesma
Dividida entre os mortos e vivos
["Voz do que clama no deserto: Preparai um caminho reto no deserto. Todo o vale será exaltado, e todo o monte e todo o outeiro será abatido; e o que é torcido se endireitará, e o que é áspero se aplainará." Isaías 40]
III
Em meio à jornada proposta
O peregrino encontra vida
Entre diferenças e semelhanças
Descobre-se em meio a um tabuleiro de xadrez
Com peças entupidas e utópicas
Calcificadas pela ilusão de movimento
As cidades mulheres
Governadas pelo que não se pode ver
Formando impérios desconhecidos do rei
Cidades sem nomes, meras metáforas do que é humano
Terras longínquas
Ilhas de proporções continentais
Verticais, horizontais
Cidades invisíveis, uma única, muitas talvez...
["- Eu falo, falo - diz Marco, - mas quem me ouve retém somente as palavras que deseja. Uma é a descrição do mundo à qual você empresta a sua bondosa atenção, a outra é a que correrá os campanários de descarregadorses e gondoleiros às margens do canal diante da minha casa no dia do meu retorno (...) Quem comanda a narração não é a voz: é o ouvido." CALVINO, Ítalo]
Texto escrito em Fevereiro de 2009 após a leitura do livro "Cidades Invisíveis", de Ítalo Calvino.
domingo, 1 de novembro de 2009
"Mr. Gorbatchev, tear down this Wall"
É estranho pensar que pessoas ficaram separadas durante décadas por uma barreira erguida em poucas horas. Imagina só, você acorda, vai trabalhar e depara-se com uma fronteira intransponível! A barreira imposta pelo regime comunista foi, sem dúvidas, o grande símbolo de um tempo que acabou. O mundo com duas frentes de poder, URSS x EUA em uma corrida armamentista sem tréguas, etc, etc.
E para comemorar a queda do muro de Berlim, eu pesquisei no youtube alguns vídeos, a maioria de telejornais que acompanharam a queda do muro e também da URSS depois. Confesso que tenho inveja daqueles jornalistas que estiveram envolvidos na cobertura destes eventos tão significativos. Para aqueles que gostam de jornalismo internacional, eis um bom momento para pensar sobre o poder das imagens, dos textos bem construídos e da responsabilidade e privilégio de reportar um momento histórico.
E para finalizar este breve post, deixo uma frase da Margareth Tatcher dita em uma das reportagens a respeito de Berlim em 1989 que vou colocar aqui: "It makes you realize that you can't stifle or supress, people desire for liberty". Vale a pena conferir os vídeos!
1 - Cobertura da BBC com entrevista de Margareth Tatcher:
2 - Discurso de Reagan em 1987:
3 - Cobertura da CBC:
4 - Cobertura do Jornal Nacional:
5 - Pedro Bial narra o fim da URSS no famoso 'Plantão':
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Trilhos antigos do Velho Mundo
Guarde nessa mala sua história, ideias e emoções. Deixe a linha do tempo devidamente empilhada entre roupas e retratos. Ali, de dentro do trem, os fatos passam por você em alta velocidade e você precisa ser forte e segurar-se diante da rapide dos acontecimentos. Os trilhos são traiçoeiros e a paisagem enganadora.
Talvez lá fora esteja nevando, mas é certo de que cruzarás inúmeras fronteiras e verás muitas bandeiras hasteadas. O nacionalismo fará entoar novos hinos a cada dia, e não terás uma terra fixa e uma nação para chamar de tua. A mala será sua identidade, o local onde poderás guardar tudo o que te aflige - o que te inquieta, e também, todas as emoções que te fazem sentir bem. Lembre-se: o céu estará azul amanhã, e não duvides disso. A vida é imprevisível às vezes, e por isso mesmo deverás aproveitar ao máximo a viagem.
E quando os trilhos de diversos lugares se encontrarem, não assuste - são apenas encontros pré-marcados por apressados e burocratas das horas. Observe as colunas das estações, grave bem as expressões que cada um faz quando adentra seu determinado vagão, ou então a testa franzida daqueles homens, revelando a preocupação dos iludidos enquanto esperam inquietos o próximo trem chegar. Cada um desses tem histórias tão distintas agora, por isso, não se apegue demais a eles, são passageiros - possuem seus destinos marcados. Definitivamente eles apenas passam...
Quando sentir-se só, abra a mala e retire algo que lhe faça recordar de algo bom. Quando precisar representar, também recomendo que utilize tudo o que acumulou em sua Scheherazade - não se engane, muitas vezes é necessário enganar um rei para livrar-se da morte. Histórias sem fim, de embarques e desembarques, de trilhos, de montanhas cobertas por neve e desfiladeiros tropicais.
Esteja certo de que no Velho Mundo é possível caminhar por entre as sensações e conhecer fortalezas medievais. Não se esqueça que é possível modificar a esperança, construir nossas próprias existências e arriscar a intensidade. Mas antes de partir nesta busca por si mesmo, volte-se para o seu lar, e prepare-se para o que se seguirá. Parta apenas quando estiver seguro e acreditar em teu roteiro.
Seja tua mochila a Scheherazade a acalentá-lo em noites amarguradas, seja tua mala a memória que te resguarda do esquecimento, sejam os trilhos e estações metáforas perfeitas para explicar o que é inexplicável e glorioso, o sentido da existência. Seja quem quiserdes em cada nação visitada, mude, ouse...
Daqui eu enxergo vitrais longínquos, através dos quais a luz do meio-dia ilumina o interior de uma grande edificação que aponta para os céus. Ouço uma música... um piano, e ao fundo, um coro de vozes melódicas... talvez seja a redenção.
domingo, 18 de outubro de 2009
É bom estar SÓ?
a não andar e não falar,
quero saber se ao fim alcançaremos
a incomunicação; por fim
ir com alguém a ver o ar puro,
a luz listrada do mar de cada dia
ou um objeto terrestre
e não ter nada que trocar
por fim, não introduzir mercadorias
como o faziam os colonizadores
trocando baralhinhos por silêncio.
Pago eu aqui por teu silêncio.
De acordo, eu te dou o meu
com uma condição: não nos compreender
(Pablo Neruda)
"Ficar só e compreender a si próprio" - este tem sido meu lema nos últimos dias. Em dias de tanto barulho, trabalho incessante e correria, parece que somos sugados pela vida a ponto de vivermos algo absolutamente programado. Existem ainda aquelas convenções de "felicidade" que eu realmente não gosto...
Poderia falar sobre a felicidade instantânea (aquela ilusória, que é seguida de um imenso vazio existêncial)... mas eu quero me prender neste post à necessidade que eu tenho de ficar, ao menos um pouco, sozinho. Para alguns pode parecer estranho, mas para mim não há nada mais divertido do que ir ao cinema sozinho, ir religiosamente à banca analisar as revistas e andar pelas ruas olhando a paisagem.
Em casa, baixo um daqueles CDs antológicos que tenho a obrigação de conhecer e me deparo cada vez mais com a certeza de que ouvir um álbum inteiro é muito diferente do Top Top das paradas (vide White Album dos Beatles ou até mesmo o contemporâneo 21st Century Breakdown do Green Day). Algo pra comer, livros, revistas, DVDs e trilha sonora ajustada - tudo isso pode significar dias de intenso prazer.
Eu não tenho problemas nenhum em ficar sozinho, e percebo que as pessoas temem o silêncio, temem a ausência de barulho. No final de semana eu procurei ficar sozinho... e consegui momentos muito interessantes na minha "própria companhia", se é que me entendem. Eu vi Up (finalmente), depois tomei sorvete, caminhei pelo centro e percebi o quanto a vida é boa a partir de pequenas coisas.
Eu sempre soube que não precisarei de muito para ser feliz, e percebo que uma certa linearidade é algo que eu estou sempre buscando. No sábado, ao sair do shopping eu me deparei com duas primas mais velhas aterrorizadas pelo simples de fato de ter alguém com 20 anos sozinho em pleno sábado a noite (EU!). Talvez é ai que esteja a graça: andar sozinho, não por falta de companhia, mas por mero desejo.
Cultivar a solidão não significa querer estar só o tempo todo, mas sim perceber que estar sozinho é necessário para compreender muitas coisas (compreender a si próprio), e mais do que isso, perceber que há vida além da correria e do constante barulho ao qual estamos acostumados. E assim, as vezes é importante inflar nossas casas - nossas vidas - e sair por ai voando, cada um em busca da sua própria América do Sul.
Eu descobri neste sábado algo que daria um post - é a revista Billboard brasileira (algo tão intenso quanto a primeira vez que eu vi a R.S brasileira). E eu sei que este assunto já foi tema de vários posts e matérias, inclusive na Ilustrada - mas não poderia deixar de comentar aqui.
domingo, 11 de outubro de 2009
Change your mind!
E então eu percebi que precisava mudar algumas coisas...
If you wanna be somebody else,
If you're tired of fighting battles with yourself
If you wanna be somebody else
Change your mind, change your mind
Hey, hey-
Have you ever danced in the rain or thanked the sun
Just for shining, just for shining or the sea?
Oh no, You take it all in the world's a show
And yeah, you look much better,
Look much better when you glow!
Yeah yeah
I hope you've heard every word I've said
Yeah yeah
you've had enough of all your tryin'
Just give up the state of mind you're in!
(Sister Hazel)
domingo, 4 de outubro de 2009
Rio 2016: Quando o "Yes we can" ficou pra trás
Sim, eu concordo que existam muitos problemas relacionados à realização de eventos tão grandiosos, e posso até mesmo arriscar dizer que em um país no qual não existe apoio para os atletas, falar de Olimpíadas pareça piada. Mas se analisarmos os Jogos a partir de uma vertente econômica e mais internacionalista, talvez cheguemos à conclusão de que é totalmente relevante.
O Brasil tem importância no cenário político internacional (vide G-20, Doha, Honduras e Haiti) e se firmou como um país de crescimento estável, adquirindo cada vez mais peso em decisões importantes tanto na política quanto na economia. Um relatório do FMI divulgado na última semana afirmou que o Brasil é o país que vai registrar o maior crescimento econômico na América Latina, o que pode comprovar a "prosperidade brasileira". O país de proporções continentais é grande exportador e firma parcerias econômicas importantes. As Olimpíadas de 2016 não seria um reflexo das melhorias no país?
Sim, na China foi assim - enquanto milhares de olhinhos puxados batiam os tambores de maneira sincronizada na cerimônia de abertura, um recado ecoava ao mundo dizendo: "Nos tornamos potência". Assim foi em Moscou, em Madri e em outros lugares que receberam os Jogos. É ingenuidade pensar que tal escolha do COI não tem muito a dizer. Aliás, Obama estava lá, e nem mesmo o discurso do "Yes, we can" surtiu algum efeito (em outros tempos, o peso da visita seria imenso).
Quando o COI anunciou que Chicago estava fora da disputa, o apresentador da CNN promovou uma das cenas mais bizarras que eu vi nos últimos tempos. Ele indagava desacreditado: "Chicago is out? Chicago is out?!". E realmente, a princípio pareceu impossível que a escolha da cidade fosse daquela maneira. Se me perguntarem se eu esperava que o Rio ganhasse... eu teria que responder em alto e bom som: NÃO!
O Rio de Janeiro é apaixonante e uma Olimpíada lá será algo inesquecível. Pela primeira vez, o fogo do Olimpo chegará por aqui, na América do Sul e promete ser um evento muito bonito culturalmente falando. Espero que os gastos sejam devidamente acompanhados, e que o nosso país possa mostrar ao mundo que consegue organizar um evento mundial.
Que os noticiários de esporte não sejam ufanistas e passem a cobrar do governo o desenvolvimento de políticas públicas para o esporte. Que possamos olhar para os que começam a praticar qualquer esporte com o mesmo olhar que dispensamos para os grandes. Há muito a ser feito, mas o mundo todo já reconheceu que o Brasil de hoje é diferente, e que muito já foi feito.
Depois da Copa, o Brasil terá a oportunidade de mostrar que o país do futebol é o país dos Jogos Olímpicos. Eu estarei lá para conferir! Como disse o The Observer: "Com Rio 2016, país do futuro vive o presente".
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Responda se puder...
De qualquer maneira, mesmo não encontrando em si todo o valor que julga ser necessário para tornar-se bom, permanece pensativo a respeito da audácia de tais (possíveis) elevados planos - e por isso mesmo acaba transformando-os em silêncio. O fracasso parece estar tão próximo, mas a vitória talvez virá ou certamente virá. É tudo tão incerto e ao mesmo tempo eufórico. Talvez ele reconheça que a batalha mais difícil é a que se trava todos os dias consigo mesmo. Mas em meio às incertezas, uma pergunta permanece:
Quem duvida da vida tem culpa
Quem evita a dúvida também tem
Somos quem podemos ser
Sonhos que podemos ter
sábado, 19 de setembro de 2009
Meu programa de TV favorito
A ideia do programa pode ser resumida em poucas linhas, pois trata-se de um jornalista que viaja o mundo colhendo histórias e imagens das pessoas, seus costumes e culturas. É um trabalho muito curioso, que demanda observação e principalmente sensibilidade. Com influências do New Journalism, Nachbin é um viajante solitário que parte em busca de novos ângulos e novas maneiras de contar histórias com uma profundidade muito peculiar em se tratando de televisão.
Rússia: o som da Sibéria from Canal Futura on Vimeo.
Talvez os Estados Unidos que conhecemos fique um pouco diferente diante da lente de Luís Nachbin quando ele resolve cortar o país de ponta a ponta e o Irã pode não ser exatamente como nos noticiários. Porém, em meio às tantas viagens do Nachbin, é interessante perceber que talvez não importe quais sejam as diferenças, porque incrivelmente somos todos iguais.
México: o coração do país from Canal Futura on Vimeo.
Fica a dica: assista as trips do Nachbin, realmente vale a pena! E para aqueles meio "Dean & Sal" (personagens do escritor Jack Kerouac) que desejam colocar o pé na estrada, talvez levar uma câmera e registrar tudo seja algo importante...
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Quinze anos de F.R.I.E.N.D.S em 4 vídeos
Neste aniversário de 15 anos eu penso a respeito da longevidade de uma série que não saiu das grades de programação - e que agora, para entrar "oficialmente" no mundo da internet, pode ser comprada episódio por episódio na rede. Em comemoração pelo 15° aniversário de F.R.I.E.N.D.S, eu seleciono QUATRO vídeos da série no youtube que sempre vejo!
RACHEL: "Gunther, oh, I love you too..."
sexta-feira, 11 de setembro de 2009
O 11 de Setembro
Estas são indagações interessantes para o 11 de setembro de 2009. Passados exatos oito anos do maior atentado terrorista da história, podemos olhar para trás e nos perguntarmos: o mundo mudou após os acontecimentos? Apesar de ser uma pergunta um tanto quanto óbvia, é importante para nos leva a refletir acerca das rupturas na história e também das conseqüências de acontecimentos tão significativos, como foi o 11 de setembro.
Eu acompanhei os ataques pela internet, pela TV e pelos jornais. A escalada do Jornal Nacional daquele dia é inesquecível, e o mundo se voltou para Nova York em um filme real que imitava Hollywood. O intrigante é a ironia por trás dos ataques, afinal de contas, um grupo extremista havia demolido o principal símbolo do poder americano com dois aviões lotados de pessoas.
Oito anos depois, podemos dizer que os desdobramentos dos atentados foram dramáticos. A invasão do Afeganistão e a guerra do Iraque são grandes catástrofes sem uma visível solução. Recentemente, o Afeganistão falhou ao tentar realizar eleições por contra própria - ainda não sabe quem será o novo presidente do país. Já no Iraque, a situação é bem pior... Enquanto Obama promete retirar gradualmente as tropas do país, atentados são rotina e não existe uma administração capaz de organizar o país. E é ai que os atentados ao WTC e ao Pentágono parecem pequenos.
Tive um trabalho interessante nesta semana: produzir uma entrevista com o correspondente da Folha de São Paulo que foi responsável pela cobertura do 11 de setembro. O jornalista Sérgio Dávila (autor do livro "Nova York antes e depois dos atentados") foi o entrevistado do Jornal das Seis de hoje. Inicialmente pensei: o que perguntar? Parece que todos estão cansados de saber o quão significativo foram os atentados e quais foram (e ainda são) as conseqüências do ocorrido. Revi imagens, assisti as cenas, li reportagens da época - tentei me cercar de informações.
Na noite de ontem, eu pensei bastante e coloquei as perguntas no papel. Como o país relembra os ataques, projeções para a guerra do Iraque, política de combate ao terrorismo do governo Obama, entre outras questões estavam na pauta... Mas foi então que resolvi colocar como última pergunta uma indagação que sempre me fiz em relação à documentação de momentos ditos "históricos". E então indaguei: como é, para um correspondente, viver algo tão marcante e histórico, e ao mesmo tempo inexplicável a princípio, como foi o 11 de setembro de 2001?
Enquanto estudante de jornalismo confesso que esta era a pergunta que eu mais esperava para ter a resposta. Uma breve pausa, e Sérgio, lá de Washington D.C., revelou que primeiro veio o susto e depois a responsabilidade e humildade para reportar um evento histórico. Sem dúvidas o 11 de setembro marcou a vida de muitos jovens da minha geração que desejavam, ou ao menos tinham aspirações, de se tornarem jornalistas. Os atentados daquela manhã definiram o início do século XXI, como ressalta Sérgio Dávila e me mostrou que a história é uma peça de teatro que se descortina diante dos nossos olhos.
No início do ano, eu acompanhei outro momento histórico, ao som de City of Blinding Lights. Era Obama tomando posse e deixando no ar a esperança de que o futuro poderia ser mudado. Na entrevista com o correspondente da Folha, pude perceber que a postura do novo governo dos EUA parece muito diferente da anterior – como Dávila diz: foi uma guinada de 180° em relação ao governo Bush.
Hoje, oito anos após os ataques, eu olho para o ocorrido e penso: será que um dia o mundo vai realmente conhecer a paz? Ainda que seja utopia, talvez a partir de algumas mudanças de postura de governantes e pessoas, possamos ver uma quantidade menor de bombas explodirem sobre as cabeças de humanos, como nós. E mesmo sem as duas torres imponentes, Nova York ainda é a cidade de luzes que ofuscam, ao menos para mim.